Litíase Urinária (Pedra no rim)

09-12-2011 00:44

Litíase ou cálculo urinário (vulgarmente pedra no rim) são termos utilizados para designar estruturas pétreas de composição diversa (cálcio, urato, oxalato, …), localizados nas vias urinárias do humano (e também de outros animais).


Os cálculos podem ser formados no rim ou (mais raramente) na bexiga. Podem atingir dimensões variadas, desde “areias”, até vários centímetros. Podem manter-se no local onde se formaram ou migrar através das vias urinárias, provocando dor e outras complicações.

É cerca de três vezes mais frequente no homem e representa cerca de 25% da actividade urológica de um hospital em Portugal. É mais frequente entre os 30 e os 50 anos de idade.

Os cálculos formam-se, geralmente, devido ao excesso de saturação urinária em sais (os mais frequentes cálcio e oxalatos ou fosfatos), ou pela não existência (na urina) de substâncias que inibam o processo de formação de cristais.

A litíase urinária pode apresentar-se de modo variado. A maioria dos cálculos que estão localizados no rim não provoca queixas importantes. Pode, por vezes, originar dor tipo moinha, ou mesmo cólica, devido ao entupimento de alguns “canais” do rim, ou à lesão directa da parede destes.

 

A mobilização destes cálculos pode originar o “entupimento” parcial ou total de parte ou da totalidade do rim, ou do ureter, originando dor importante (cólica renal), acompanhada muitas vezes por náuseas, vómitos, sangue na urina, e impossibilidade de encontrar posição de alívio.

A dor da cólica renal é descrita como uma das mais desconfortáveis, chegando a ser comparada à dor do parto. Começa, habitualmente na região lombar e pode prolongar-se até ao testículo e extremidade do pénis, ou (na mulher) aos grandes lábios.

O alívio da dor relacionada com a cólica renal é a atitude mais urgente, podendo ser conseguida com a redução da ingestão de água (apenas na fase da cólica), banho de imersão em água quente e com a utilização de alguns medicamentos.

A existência de um cálculo a entupir o ureter (ou outro canal) origina um aumento de pressão acima daquele, com dilatação do rim e (após alguns dias) redução da função deste.

A maioria dos cálculos pequenos (até 4-5 mm) passa espontaneamente e são expelidos na urina. Os cálculos de dimensões maiores raramente conseguem ser eliminados naturalmente, sendo necessária intervenção urológica. Inicialmente, o tratamento cirúrgico da litíase implicava a cirurgia “aberta” (com grandes incisões na região lombar ou abaixo do umbigo), com acesso directo ao rim, ureter ou bexiga, para extrair o cálculo. Era possível eliminar o(s) cálculo(s) de uma só vez, independentemente da dimensão, mas implicava internamento prolongado, anestesia mais complicada e um risco de lesão importante do rim ou do ureter.

Há cerca de 20 anos, começou a ser utilizada a Litotrícia Extracorporal por Ondas de Choque, que tornou possível fragmentar os cálculos a partir de vibrações acústicas geradas no exterior do organismo, sem recurso a internamento nem anestesia (apenas analgésico e sedativo). Apesar da eficácia na fragmentação dos cálculos, esta técnica comporta um risco elevado de deixar fragmentos grandes, que possam originar cólica renal.

A recente introdução do laser no tratamento da litíase veio, assim, trazer uma resposta vantajosa face a estes métodos. O seu único senão: se não for utilizado por mãos experientes pode originar lesões graves, com perfuração da bexiga ou do ureter, hemorragias importantes ou fragmentação incompleta do cálculo.

O tratamento assenta na utilização de um feixe de laser Holmium:Yag que é activado em meio aquático, permitindo a criação de uma bolha de vaporização que fragmenta e vaporiza os cálculos. O feixe de laser é conduzido até ao cálculo através de uma fibra de quartzo flexível (com cerca de 0,2 a 0,6 mm de espessura), sendo o acesso feito através de equipamentos denominados ureterorrenoscópios (URC) rígidos ou flexíveis (com calibres de 3-5 mm), que são introduzidos pela uretra, passando pela bexiga e subindo pelo ureter até ao rim.

Ao obtermos contacto visual (directo) com o cálculo, fazemos passar a fibra de laser através do URC, até à sua extremidade e são efectuados disparos de laser até à fragmentação do cálculo.

A fragmentação do cálculo é habitualmente completa, mas em casos de cálculos muito grandes pode haver necessidade de repetir o procedimento, se os fragmentos residuais forem de dimensões capazes de originar cólica ou se impedirem a eliminação espontânea. De qualquer forma, é importante sublinhar que os resultados obtidos apenas garantem a eliminação dos cálculos actuais, não impedem a formação de novos: é imperioso, por isso, o acompanhamento do paciente, para prevenir e despistar o aparecimento de novos cálculos.

O laser tem grandes vantagens no tratamento da litíase, face às restantes técnicas disponíveis.

1. Permite a vaporização (ou fragmentação do cálculo) de modo a que os resíduos sejam tão pequenos que possam ser eliminados sem dificuldade.

2. A visualização directa permite manter o procedimento de vaporização até que o mesmo esteja completo (o que não é possível com outras técnicas), sem que haja lesões importantes do rim ou do ureter.

3. Permite destruir cálculos de dimensões até vários centímetros. 

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